E mais uma vez lá acordei eu cedíssimo, mais cedo que no fim de semana passado e tudo!! Apanhei o comboio das 9h30 e pelas 10h40 já tinha o meu bilhete para a exposição "Duchamp, Man Ray, Picabia" e subia as escadas rolantes da minha adorada Tate Modern até ao 4º piso.
A exposição tem bastantes obras e está dividida por épocas pelas quais os artistas passaram. A mim baralhou-me um pouco as referências a obras que estavam para trás e para a frente e às tantas já trocava o Man Ray com o Duchamp nas fotografias! O Picabia era um pouco mais gorduchinho por isso era fácil de distinguir. Creio que o facto de eles tirarem fotos uns aos outros não ajudava porque via os dois nomes referidos na legenda e 3 ou 4 fotos depois, quando faziam referência à foto que tinha vista já não me lembrava qual era qual!
Mas a razão pela qual não ADOREI esta exposição tem a ver com o facto de não concordar com algumas definições de ARTE dos Dadaístas. Se por um lado a imagem da exposição é o famoso urinol, ou Fountain do Duchamp, eu preferia ter visto Le Violon D'Ingres e ele não estava lá... Digam o que disserem, para mim, pegar num cabide e dizer "isto é arte e fui eu que fiz", não é arte. Não, a não ser que a peça seja alterada!
Por outro lado gostei muito dos Rayographs, do Nude Descending a Staircase (No2), de muitas das fotos e achei piada a coisas como a "L.H.O.O.Q." - Phonetically: "elle a chaud au cul" or "She's got a hot ass" (Gioconda alterada; comprei o iman para o frigorífico), dos tabuleiros de xadrez, do Large Glass, dos trocadilhos fonéticos... Detestei os Readymades, a fase final do Picabia de só fazer pontos e apesar do efeitos engraçado de espremer tubos de tinta para uma tela, colocar outra por cima e depois tirar, acho que o Man Ray podia ter acabado melhor... No fundo, o lema de fazer arte com o mínimo esforço é um sinal de preguiça, não obrigatoriamente de génio. Por isso não ADOREI as exposição, achei-a assim-assim.
Depois lá fui eu almoçar ao Borough Market, onde não só se podem comprar deliciosos queijos e pão francês, flor do sal, sumos e compotas de quintas, trufas de chocolate e outras iguarias, como se pode almoçar verdadeiras salsichas alemãs, falafel e umas coisas gregas que não sei o nome. Conclusão: excelente explosão de cores e sabores.
Terminado o almoço fui ter com um colega do trabalho que estava com uns amigos a piquenicar em Regent's Park. (O que me lembrou que não vou ao Zoo há séculos). Apesar de nem sempre se ver o sol, estava bastante calor e muito agradável. Foi uma comemoração atrasada do seu aniversário e visto que muitos destes ex-colegas de faculdade estão espalhados pelo país, torna-se mais fácil combinar um almoço que um jantar e saída visto que alguns tinham de regressar a Brighton e Birmingham. Mas como haviam alguns de Londres, por volta das 6 da tarde apanhamos o metro até Sloane Square e caminhámos pela King's Road até um simpático Henry J Beans' Bar & Grill (Chealsea) que tinha uma esplanada na parte de trás. Esta zona de Londres (South Kensigton/Chelsea) é muito bonita, tem lojas fantásticas e está muito arranjada e limpa. Contudo, e como seria de esperar, as casas também são caríssimas...
2 comentários:
Boa vidinha, portanto ;)
Já não sei quantas vezes me desafiaram para ir a London, e também já não sei porquê continuo a adiar. Até um dia...
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